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Chegadas e Partidas

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Sobre chegadas e partidas Sobre novas perspectivas Um novo olhar, uma nova vida Assim se vai e assim se fica Fica a louça, fica louca Mas sempre ali Para que servem dois corpos? Dois copos... Corpos que pulsam Como um cigarro acesso Como fumaça incandescente Com hora e sem endereço Com olhos indecentes Com a voz sussurante Com pressa para chegar Sem pressa para sair Mas com o desejo de voltar Inicio, meio, Inicio
Uma carta, um poema, uma cartão postal, um verso. Pena, lá se vão... Do alto avistam-se os prédios, de baixo, Os transeuntes perdidos em seus celulares.  Em seus mini mundos. Mundos? Terra plana... Onde estamos? Precisamos mesmo ser estudados! O planeta pirou. A lua continua lá, o sol também. A artista e A malabarista. Não existe o lado B Não existe o outro lado da moeda Oh, Glória! Duas Deusas, duas! Una, a mulher sola. A mulher que chora Mas ergue-se e encontra seu rumo Que rumo? Que des-governo? Basta! Não quero!  Foi demais Machucou.  
  FOGUEIRA DAS VAIDADES  Que os tempos são sombrios, sabemos. Que as dores estão estancadas, escancaradas… O domínio do mal prevalece? Apaga-se a luz Fim do primeiro ato. Seguidores? Que tempos são esses em que seguidores significa status? Status do quê? Para quem? Qual é, de fato,  o sentido dessa vitrine? Quando foi que nos perdemos em nós mesmos sem olhar o outro? De que serve tudo isso? Por quê? Pra quem? Não grito por ajuda, grito por socorro? Mas minha voz é rouca O meu canto… de nada serve. Estamos a serviço de quem, afinal? Animal? Somos! Os mais vorazes, capazes de destruir tudo o que nos propomos. Por favor, onde foi que erramos? Onde? Onde? Quando foi que deixamos de olhar nos olhos do próximo? Especulação, jogo, sujeira. Tudo sempre varrido para debaixo do tapete! Sim, sigo. Mas de que me importa? Cadê minha voz? Queria gritar!  Vamos todos juntos soltar o ar e respirar.
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  POETIZANDO Por entre muros, esquinas, partidas e chegadas... Cá estou eu... Sentada numa sólida noite, em que o encontro na esquina é cada dia mais raro, cada dia mais caro. E em cada lamento do saxofone uma lágrima cai. Lágrimas pretas, lágrimas, pasmem! Lágrimas pretas sim, do palhaço que se borra com seu nanquim. Lágrimas azuis do contorno ao redor de seus olhos profundos.  O lamento do artista, o lamento dA artista. A poesia, palavra no feminino, e por isso mesmo, a que vos fala é poetisa. Poetisa, oh Isa, meu anjo. Profundidade na obra, profundidade no ser. Entremeado de meu eterno silêncio, pergunto-me: Estou louca, Isa? Alende responde-me: Não, tu te tornas poetiza.
 "Tenta esquecer-me... Ser lembrado é como evocar-se um fantasma... Deixa-me ser o que sou, o que sempre fui, um rio que vai fluindo... Em vão, em minhas margens cantarão as horas, me recamarei de estrelas como um manto real, me bordarei de nuvens e de asas, às vezes virão em mim as crianças (...) Um espelho não guarda as coisas refletidas! E o meu destino é seguir... é seguir para o mar, as imagens perdendo no caminho... Deixa-me fluir, passar, cantar... Toda a tristeza dos rios É não poderem parar!" Mario Quintana
 Eu tenho fome! Grita o rapaz esguelado. Eu tenho pressa, como diria Betinho em sua campanha "Brasil sem fome". O que aconteceu conosco?  Adormecemos e depois acordamos? Por que? Onde? Como? Bom, muito bom Marquinhos! excelente na verdade. E o João? Que amava maria, que amava Joana, que amava Caio que amava Cecília que não amava ninguém? Parafraseando o poeta, perdoe-me, são tempos dificíes. Tempos estes em que terei de convocar o povo, a conciencia, a presença, mas principalmente: a INTELIGÊNCIA.  Querem a guerra? Nós damos flores... Querem as armas? Nós apontamos girassóis! Não dá mais para gritar fora, (vocês sabem quem...) Chega, basta! Queremos direitos, queremos educação, queremos trabalho, queremos o básico para toda e qualquer nação. 
Bernadete Trovoada Entre playgrouds e pula-pulas Entre trepa-trepa e amarelinha Entre esconde-esconde e gato mia Ela corria... Ela sorria... Bernadete, se esconde... Bernadete sorri Bernadete caiu. Mas levanta-se. Levanta-se e pensa Por que tenho que te pensar como adulta? Por que essa diferença injusta? Por que não sou merecedora? Por que o sol dourado das manhãs não sorriem para mim? Olhando o redentor, ela chora, chora de um lamento só dela. Oculto que só ela... Faz uma pacto. Pensa: Toda vez que chover, olharei ao redentor e pedirei a Deus que a chuva cesse. E assim, no colo de sua mamãezinha ela adormece Assim nasce Bernadete Trovoada. Filha do vento e do tempo Filha do ontem e do amanhã Com a esperança de que um dia, de cada dia, caia uma chuva cheia de alegria.