Comentei sobre ete vídeo numa postagem no meu blogue. Sua interpretação lembra a de filmes da "nouvelle vague", que, para mim foi uma das grandes escolas do cinema... Parabens"
Uma breve passagem de Julio Cortázar... "Toco a tua boca, com um dedo toco o contorno da tua boca, vou desenhando essa boca como se estivesse saindo da minha mão, como se pela primeira vez a tua boca se entreabrisse e basta-me fechar os olhos para desfazer tudo e recomeçar. Faço nascer, de cada vez, a boca que desejo, a boca que a minha mão escolheu e te desenha no rosto, uma boca eleita entre todas, com soberana liberdade eleita por mim para desenhá-la com minha mão em teu rosto e que por um acaso, que não procuro compreender, coincide exatamente com a tua boca que sorrir debaixo daquela que a minha mão te desenha. Tu me olhas, de perto tu me olhas, cada vez mais perto e, então, brincamos de ciclope, olhamo-nos cada vez mais de perto e nossos olhos se tornam maiores, aproximam-se, sobrepõem-se e os ciclopes se olham, respirando indistintas, as bocas encontram-se e lutam debilmente, mordendo-se com os lábios, apoiando ligeiramente a língua nos dentes, brincando nas suas cavernas
Esse é o vídeo book que fiz recentemente. É uma cena da "Rainha da Sucata". É uma tentativa... Meu lado crítico diz que estou mais teatral, mas acho que o caminho é por aí... http://www.youtube.com/watch?v=UJEpAbi7uMQ
Hoje é o dia internacional das mulheres. Costumo achar sempre uma chatice essas invenções de: dia do amigo, dia dos avós, dos pais, das flores, dos insentos... Mas o dia internacional das mulheres é para se festejar. Porque nascemos e aprendemos e sentimos coisas que só quem experimenta a sensacional saga de ser mulher pode saber. Para homenagear então a mim, a minha mãe, minhas tias, minhas avós, minha irmã, minhas amigas e até minha linda sobrinha deixo aqui um poema de Adélia Prado chamado "Com licença poética". Quando nasci um anjo esbelto, desses que tocam trombeta, anunciou: vai carregar bandeira. Cargo muito pesado pra mulher, esta espécie ainda envergonhada. Aceito os subterfúgios que me cabem, sem precisar mentir. Não sou feia que não possa casar, acho o Rio de Janeiro uma beleza e ora sim, ora não, creio em parto sem dor. Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina. Inauguro linhagens, fundo reinos — dor não é amargura. Minha tristeza não tem pedigree, já a minha vontad
Comentei sobre ete vídeo numa postagem no meu blogue. Sua interpretação lembra a de filmes da "nouvelle vague", que, para mim foi uma das grandes escolas do cinema... Parabens"
ResponderExcluir